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terça-feira, 4 de julho de 2017
DENISE CAMPOS DE TOLEDO / INDÚSTRIA PRECISA EXPORTAR MAIS - JULHO DE 2017
O saldo comercial é um dos bons dados da economia. A safra agrícola e outros produtos básicos ainda têm peso relevante, mas, aos poucos, os manufaturados vão recuperando espaço. A indústria reduziu muito a presença externa no período em que ficou focada na expansão da demanda doméstica e perdeu competitividade ainda com a manutenção artificial, do dólar baixo. O produto nacional ficou com menos condição de competir aqui e no exterior. Só que agora, ampliar as vendas externas é a saída pra driblar a fraqueza do consumo interno. Consumo que não terá reação mais forte enquanto o desemprego permanecer elevado e o crédito caro e restrito. Mas até nesse sentido tem dados que podem produzir efeito mais para o final do ano. Um deles é a inflação baixa. Hoje mesmo foi divulgado o IPC-S da FGV, com deflação de 0,32% em junho, a primeira desde 2006, e alta em um ano e doze meses, de apenas 3,44%. O IPCA, o índice oficial, deve ir pelo mesmo caminho. O que ajuda na recuperação da renda dos trabalhadores, já que os salários devem subir em percentuais maiores. Por outro lado, com essa inflação e o crescimento fraco da economia, começa a ganhar força, de novo, a aposta no corte de um ponto na taxa básica de juros, na reunião deste mês no Copom. O impacto também não será grande no curto prazo. Os bancos continuam cautelosos pelo risco da inadimplência, que segue em alta. Mas são esses sinais, assim como o bom desempenho da agricultura, que devem garantir algum crescimento este ano. Nada excepcional. O País continua com problemas estruturais, principalmente o rombo das contas públicas, mas deve sair do vermelho, o que já é alguma coisa.
MARCADORES: INFLAÇÃO EM QUEDA 2017, INVERNO BRASIL 2017, TAXA DE JUROS / CORTE, RECUPERAÇÃO NA ATIVIDADE INDUSTRIAL, AGRONEGÓCIO, FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
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