quinta-feira, 5 de novembro de 2015

USIMINAS, O FUTURO DA BAIXADA SANTISTA, E DE "QUAL LADO" PERUÍBE PRECISA FICAR - NOVEMBRO DE 2015


Centrais sindicais marcam protesto contra desativação na Usiminas, em Cubatão

 Sindicatos são contra decisão da empresa de encerrar produção de aço na unidade


DE A TRIBUNA ON-LINE


Os sindicatos da Baixada Santista marcaram uma mobilização conjunta para o próximo dia 11 em protesto à suspensão da produção de aço na Usiminas, em Cubatão, o que deve resultar na demissão de 4 mil trabalhadores. 

Em reunião na sede do Sindicato da Construção Civil, na tarde desta terça-feira (3), as centrais sindicais decidiram reagir à decisão da empresa, mas os detalhes das manifestações ainda não foram definidos. O encontrou contou com a presença do ex-ministro do Trabalho Antonio Rogério Magri. 


Além do desemprego imediato, autoridades e sindicatos temem que a economia de cadeia seja afetada. Os problemas irão da geração menor de tributos a rescisões de contratos com prestadores de serviços (desde empreiteiras a empresas de transporte e fornecedoras de alimentos). 


Pela manhã, os prefeitos das nove cidades da região, deputados e membros do Governo do Estado assinaram uma moção pública que pede que a Usiminas reverta, no prazo de 120 dias, a determinação de interromper a produção de aço na unidade. 


A prefeita de Cubatão, Márcia Rosa, chegou a alertar que a Cidade poderá "fechar" caso a decisão da Usiminas seja mantida, mas disse acreditar que é possível reverter a situação. "A desativação representa o fechamento de uma cidade inteira, com impactos para toda a região (da Baixada Santista). As ações visam evitar demissões e o comprometimento de políticas públicas". 


Na quinta-feira (5), Márcia Rosa deverá se reunir com o o presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, na quinta-feira (5). A ideia é ouvir as necessidades do setor para traçar uma estratégia que evite o encerramento das atividades na unidade cubatense. 


Posicionamento 


Em nota, a Usiminas disse entender "a movimentação dos setores organizados da sociedade e do meio político e tem consciência do reflexo desta medida para a região. Porém, nas atuais circunstâncias econômicas do País, esta é uma decisão inevitável até mesmo para a própria sobrevivência da empresa, como responsável por outros milhares de empregos". 


A empresa salientou que "a sociedade tem sido alertada sobre a crescente falta de competitividade da indústria brasileira, com alta tributação, gargalos logísticos, alto custo de energia, intensa volatilidade cambial, falta de investimentos em infraestrutura que dinamizem a demanda aço e falta de isonomia competitiva contra o avanço do aço importado em nosso mercado".
De acordo com a Usiminas, a crise econômica no setor de aço fez com que o consumo nos nove primeiros meses deste ano fosse 14% menor do que a do mesmo período de 2014, que, por sua vez, já havia sido 5,5% menor do que em 2013. 


A Usiminas afirmou ter feito medidas de adequação ao longo do ano para minimizar os impactos na crise, mas, diante da queda na demanda por aço e da falta de perspectivas econômicas positivas no médio prazo, decidiu fazer um ajuste mais contundente em sua capacidade produtiva. 


* Com informações de Sandro Thadeu



FONTE: A TRIBUNA





COMENTÁRIO: A USIMINAS dificilmente encerraria a produção de aço em Cubatão, se a situação da economia brasileira fosse outra, ou melhor dizendo, FOSSE MELHOR. Caso o Brasil estivesse passando pelo "espetáculo do crescimento" prometido anos atrás pelo então presidente Lula, esta notícia não existiria, e não estaria gerando tanta repercussão e temor, entre milhares de trabalhadores. 

A decisão da USIMINAS é apenas um dos diversos efeitos do "espetáculo do decrescimento" que desponta (e desaponta) no segundo mandato do (des)governo Dilma. O PAÍS ESTÁ APENAS NO INÍCIO DE UMA RECESSÃO PROFUNDA, COM O PIB EM QUEDA, E ESSA É APENAS UMA DAS CONSEQUÊNCIAS.

A baixada santista tem um futuro incerto. O porto de Santos continua antiquado, o mercado imobiliário local está sobrevalorizado, a exploração do PRÉ-SAL prossegue inviável (e portanto não gerará os milhares de empregos sonhados), e agora existe o risco real de desindustrialização da região, com sérias consequências sociais. Não se tratam "apenas" de 4 mil empregos ameaçados. O efeito cascata se espalhará pelas cidades vizinhas, aumentando severamente o desemprego (empresas que fornecem produtos e serviços para a USIMINAS também demitirão, e o comércio sofrerá os efeitos de consumidores a menos) e uma inevitável queda na arrecadação das prefeituras.

E ainda tem o "lado" do qual Peruba City precisa ficar, ou algum peruibense realmente acredita que esta cidade ganha muito ao continuar como parte de uma região cuja crise nacional a afetará severamente? Já disse isso antes e repetirei novamente: PERUÍBE TERÁ DE ESCOLHER SE PREFERE PROSSEGUIR NA ILUSÃO DE RIQUEZA DA BAIXADA SANTISTA, OU ACEITAR A REALIDADE DA POBREZA (A QUAL PODE SER  MINIMIZADA) SE JUNTANDO AO VALE DO RIBEIRA. 


MARCADORES: CUBATÃO, CUBATENSE, USIMINAS, PERUÍBE, PERUIBENSE, DEMISSÕES, DESEMPREGO, CRISE ECONÔMICA, RECESSÃO, BAIXADA SANTISTA, VALE DO RIBEIRA, CIDADE SEM FUTURO

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