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sábado, 7 de janeiro de 2012
SACOLAS PLÁSTICAS PROIBIDAS NOS SUPERMERCADOS POR CAUSA DA "ECOLOGIA", MAS E O EXCESSO DE CARROS NOS ESTACIONAMENTOS DOS SUPERMERCADOS? TANTOS CARROS TAMBÉM POLUEM
Supermercados irão banir sacolas plásticas no final do mês
Brenda Melo Duarte
Querendo ou não, os consumidores e indústrias não têm mais escolha a partir do dia 25 de janeiro. Os supermercados da Baixada Santista começarão a banir a distribuição de sacolinhas plásticas. Desta forma, a população deve se preparar para utilizar ecobags, caixas de papelão, carrinhos ou as sacolas biodegradáveis de amido de milho, vendidas a R$ 0,19.
No entanto, a eficácia da medida divide opiniões. Como era esperado, a indústria de embalagens é contra o acordo entre o Governo de São Paulo e a Associação Paulista de Supermercados (APAS). O setor aponta diversos fatores negativos para a proibição das sacolinhas. Um deles diz respeito à higiene. Para a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis, (Abief), as formas alternativas (retornáveis) de carregar as compras podem gerar o acúmulo de germes e bactérias.
O que você acha do fim das sacolinhas?
Além disso, a Abief defende que o problema não é a sacolinha, e sim, o desperdício e o descarte inadequados. Para a Associação, a solução não seria proibir, mas educar a população para que o material seja utilizado de forma responsável.
O secretário de Meio Ambiente de Santos, Fábio Alexandre Nunes, concorda que o problema está no uso irresponsável da sacolinha. No entanto, acredita que a forma mais eficiente de educar e conscientizar a população é a proibição. “Não podemos esperar que todos se conscientizem. O uso foi banalizado. A falta das sacolinhas em casa vai estimular o descarte correto de resíduos e uma mudança de comportamento.”, avalia.
O secretário dá alguns exemplos: “O saco de macarrão, o de pão de forma vão começar a ser utilizados. Haverá um gerenciamento do lixo domiciliar”.
Além disso, Nunes aponta a medida como o ‘começo da preparação da população para 2014, quando a Lei dos Resíduos Sólidos entra em vigor. “Em apenas dois anos, os aterros sanitários não poderão receber resíduo reciclável e orgânico, apenas rejeito (não há tecnologia de processamento, como a porcelana)”.
O secretário ainda destacou que os impactos ambientais são superiores às vantagens e comodidades oferecidas pela utilização dessas sacolas. Dados apontam que por mês, a Baixada Santista gera 440 toneladas de lixo plástico com o descarte mensal de 114 milhões de sacolinhas. “Elas demoram 150 anos para de decompor, sujam rios, córregos, e a Cidade. É comum vermos sacolinhas voando pelas praias”.
Quanto aos supermercados, o secretário disse que foi preciso conscientizar os donos dos estabelecimentos de que a distribuição da sacola não seria alvo de disputa entre as redes. “Eles precisavam entender que as pessoas não comprariam em uma loja só porque ela ainda distribui sacolinhas. A questão do meio ambiente é mais séria que isso. Mas conseguimos e foi uma importante parceria”.
Mercado
Com a lei suspensa, o que os municípios da Baixada Santista estão fazendo é a adesão a um termo de cooperação entre o Governo do Estado de São Paulo e a Associação Paulista de Supermercados (APAS), pelo fim da distribuição de sacolinhas plásticas nos supermercados afiliados, por meio da campanha “Chega de sufocar o planeta”.
O presidente da Apas da Baixada Santista, Carlos Varanda, acredita que a população só se reeduca se a medida mexe com o bolso. “Quando a pessoa paga pela sacola, ela não descarta na rua nem usa para depositar lixo”.
Na Baixada, os 300 mercados associados aderiram ao termo. Como formas alternativas, eles oferecem sacolas biodegradáveis de amido de milho, vendidas a R$ 0,19, e as sacolas reutilizáveis.
No entanto, Varanda afirma que a venda das sacolas biodegradáveis é provisória. “É só até as pessoas se acostumarem e providenciarem seus meios para carregar as compras”.
Confira os 10 motivos contrários à proibição das sacolinhas plástica apontados pela Plastivida (Instituto Socioambiental dos Plásticos)
1. As sacolinhas não são descartáveis, são reutilizáveis. Quase todo mundo as reutiliza para colocar lixo. Sem elas, você vai ser obrigado a comprar novos sacos.
2. Pesquisa Datafolha mostra que 88% das pessoas reutilizam as sacolas para armazenar lixo, transportar objetos e recolher sujeira de animais. Por isso ela é a embalagem preferida de 84% da população.
3. Cidades como Jundiaí, que já proibiram as sacolinhas, registraram aumento considerável de vendas de sacos de lixo.
4. Os órgãos de vigilância sanitária recomendam o uso de recipientes plásticos para descarte do lixo. Com a proibição das sacolinhas, populações menos favorecidas não terão como descartar o lixo da forma correta.
5. Um estudo internacional* comprova que o processo de fabricação das sacolinhas plásticas causa menos impacto ambiental do que o das sacolas de pano, papel e papelão.
6. Ao longo de sua vida útil, uma sacolinha plástica comum emite menos gás carbônico e metano no meio ambiente (gases causadores do efeito estufa) do que qualquer uma das sacolas alternativas oferecidas hoje.
7. A proibição das sacolinhas poderá acarretar o fim de 30.000 empregos diretos no país e 6.000 empregos diretos em São Paulo.
8. Para evitar o acúmulo de fungos e bactérias e a possível contaminação dos alimentos, as sacolas retornáveis precisam ser higienizadas com alta frequência, o que aumenta o consumo de água e outros produtos. É preciso ter cuidado também com as caixas de papelão usadas, pois muitas vezes elas não têm as condições higiênicas adequadas para transportar as compras.
9. Sacolinhas plásticas são recicláveis: se usadas e descartadas corretamente, podem se transformar em diversos outros produtos plásticos.
10. O problema não é a sacolinha, e sim o desperdício e o descarte inadequado, esses sim são os vilões do meio ambiente. A solução, portanto, não é proibir, mas educar a população a usar, de forma responsável, as sacolinhas plásticas e todas as outras embalagens.
Confira os 10 motivos favoráveis à proibição, apontados pelo secretário de Meio Ambiente de Santos, Fábio Alexandre Nunes:
1- O consumidor já paga pelas sacolas plásticas distribuídas gratuitamente nos estabelecimentos comercias, pois os custos destas sacolas já estão contabilizados no preço das mercadorias de produtos colocados a venda;
2- As sacolas plásticas distribuídas gratuitamente nestes estabelecimentos não devem ser reutilizadas para coletar fezes de animais nem para armazenar lixo doméstico. Estas sacolas demoram centenas de anos para se decompor, diminuindo a vida útil dos aterros e prejudicando a decomposição do dejetos embalados pelo plástico. Os sacos de plástico utilizados para o armazenamento e descarte de lixo são fabricados para esta finalidade e não são feitos do mesmo tipo nem com a mesma quantidade de plástico utilizado nas sacolinhas distribuídas aos consumidores. Com o marco regulatório dos resíduos no País (Lei 12.305/10) dentro em breve não será permitido o descarte de resíduos reutilizáveis e recicláveis em aterros, que somente poderão receber os rejeitos;
3- Pesquisas mostram que 77% da população concordou com o fim da distribuição indiscriminada de sacolas plásticas aos consumidores;
4- Jundiaí foi a primeira cidade do Brasil e banir as sacolas plásticas, a população aderiu à campanha e houve uma economia de milhões de sacolas plásticas até o momento;
5- A fabricação de sacolas plásticas retornáveis e não descartáveis é uma ótima opção de ecoproduto, garante o emprego na indústria e vai ao encontro dos interesses da sociedade;
6- Importante lembrar que as sacolas plásticas são polímeros derivados do petróleo (hidrocarbonetos fósseis). O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente da ONU valoriza a produção e o consumo conscientes, bem com a economia de baixo carbono;
7- Se há previsão de redução de empregos na indústria plástica, há também a previsão de aumento de postos de trabalho e geração de renda, garantindo efetiva inclusão social com a produção de sacolas reutilizáveis por ONG´s e associações, caracterizando excelente exemplo de tecnologia social;
8- O reuso e a reutilização de caixas e outros recipientes deve ser estimulado e está previsto no marco regulatório dos resíduos no País. Os produtos comercializados nos supermercados são devidamente embalados, para garantir a qualidade do produto e a saúde do consumidor;
9- O descarte correto é exatamente o maior desafio! com todos os ganhos da educação ambiental e do compromisso da mídia com as questões ambientais, ainda há longo caminho a percorrer e a campanha é um passo importante nessa jornada.
10- Os esforços de educação e mobilização da sociedade pelo uso racional dos recursos naturais são permanentes. Não se trata de lei proibindo distribuição das sacolas plásticas, mas de um compromisso voluntário e responsável do setor supermercadista com a política ambiental do Governo do Estado de São Paulo e dos municípios da Baixada Santista.
Fonte: http://www.atribuna.com.br/
Comentário: não foi feita uma lei para banir as sacolas plásticas, mas um "acordo de cavalheiros", o que é na prática, uma imposição autoritária, que não levou em conta o que pensa a maioria da população. Isso é um precedente perigoso.
Sim, é perigoso. Imagina o governo federal fazendo acordos com grandes corporações para, sem precisar criar leis específicas, impor muito do que deseja. Viram como é simples SER AUTORITÁRIO, sem parecer? O que poderão fazer depois?
E tem o que eu coloquei no título da postagem. Por essa lógica da "ecologia", sou mais ecologista que muito nego por aí, pois não tenho carro, E NÃO ESTOU INTERESSADO EM TER UM. Vou até supermercados daqui de Peruíbe caminhando, gastando sola do chinelo, supermercados que nesta temporada de verão costumam ficar com os ESTACIONAMENTOS LOTADOS, o que já indica uma baita poluição de origem automobilística. Pô, tem gente que vai comprar pão usando o carro, o qual - lógica ecológica, pois é - deveria ser priorizado para compras grandes. Um monte de peruibenses e forasteiros se recusam a agir "ecologicamente", mas vários deles vão brincar de ecologistas sem as sacolas plásticas. Continuarão a abusar dos automóveis, mas se sentirão melhor sem as sacolas.
Ah, e ainda tem a poluição SONORA, já que vários turistas/veranistas costumam ir comprar bebidas ESCUTANDO FUNK no volume máximo. Tenham dó, ninguém merece.
Vídeo sobre o "acordo de cavalheiros":
Se houvesse realmente motivação ecológica. o primeiro alvo seria a garrafa PET e não as sacolas plásticas.
ResponderExcluirPasse em qualquer supermercado e veja o preço que está um rolinho de sacos de lixo, desse que teremos que passar a comprar para acondicionar lixo, já subiu para R$ 39,00!!!
hoje o preço da sacola plástica já esta embutida no custo do supermercado, a sacola sai, mas duvido que o dono do mercado vai tirar essa diferença no preço dos produtos, ou seja, o lucro aumenta...
ResponderExcluirHaverá necessidade intrínseca de toda a população começar a consumir sacos de lixo, ótimo, além do sujeito ter ganho com a redução de custo, agora ganha no lucro do saco de lixo... hum...
Acredito que muitos mercados vão voltar a oferecer sacos de papel como era no passado, isso para se diferenciar do que não fornece nada... se muitos fizerem isso a demanda de celulose brasileira cresce... ai surge a necessidade de aumentar a área de plantação de eucaliptos e assim por diante.