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domingo, 4 de dezembro de 2011
A IMPORTÂNCIA DA INSTALAÇÃO DE NOVAS REDES VAREJISTAS EM PERUÍBE
Tem quem critique a instalação de mais filiais de grandes redes do comércio varejista em Peruíbe, pois elas se limitariam a empregar alguns moradores daqui, enviando os lucros para as matrizes. Claro que quem pensa assim se esquece de citar que essas novas lojas precisam pagar impostos para a prefeitura (ou seja, aumentam a arrecadação) e beneficiam os peruibenses com melhores preços e mais bens de consumo. E existe algo mais que precisa ser explicado.
Nenhuma grande loja varejista é uma instituição de caridade e portanto não teria incentivos para investir nesta cidade perdida entre Itanhaém e Iguape, se não fosse o fato de que Peruíbe está se tornando um centro comercial muito visitado por vários vizinhos do Vale do Ribeira. Falo de consumidores itaririenses, pedrotoledenses e até miracatuenses em busca de produtos e serviços que não existem em seus próprios municípios. Trata-se de uma oportunidade descoberta por investidores de fora, e bem pouco explorada pelos empreendedores "nativos", muitos dos quais só tem a BAIXADA SANTISTA dentro das cabeças e ignoram o que existe além de Ana Dias. Alguns nem sabem o que é Ana Dias e para que lado ela fica.
Mas as grandes lojas sabem onde ficam nossos vizinhos menos conhecidos, sabem e os valorizam. Já vi publicidade de uma dessas empresas no centro de Itariri, visando atrair fregueses para a filial dela aqui em Peruíbe. No supermercado KRILL, existe um cartaz que indica os dias em que os caminhões deles entregam compras em Pedro de Toledo e em determinados bairros. Claro que a temporada de verão é importante para elas, mas sabem como lucrar além disso, com fregueses que também são forasteiros mas não são turistas ou veranistas.
E ao trabalhador de Peruíbe não deve interessar se a empresa em que ele trabalha pertence a paulistanos, santistas, cariocas ou até a empresários de Jacupiranga. O que importa é o valor do salário e as condições de trabalho. Que as filiais enviem dinheiro para fora é óbvio e um direito delas, pois investem e empregam gente daqui. E quanto mais peruibenses empregarem melhor, mesmo para os que não conseguirem trabalho nelas.
O fato é que está ocorrendo uma disputa pela mão-de-obra local, a qual obviamente gera empregos, e a criação desses empregos irá tornar a mão-de-obra menos barata, o que beneficiará o trabalhador de Peruíbe mais adiante. Por mais pessimista que eu seja, esses investimentos gerarão uma melhora social, mesmo não surgindo todas as vagas de trabalho necessárias, que precisam ser milhares e não centenas, mas aí a questão é mais complexa, não podendo ser resolvida apenas com investimentos no comércio e serviços.
MARCADORES: PERUÍBE, PERUIBENSE, EMPREGO, DESEMPREGO, COMÉRCIO, VAREJO, EXPANSÃO DO COMÉRCIO VAREJISTA NA CIDADE
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