"Ah sim,
Lembrei de Lisboa. Centenas de museus, palácios, jardins, oceanário, cafés e pontos turísticos.
Mas o ponto alto para qualquer turista é ir a um parque despretenciosamente e ser surpreendido com uma feirinha de livros ali, em outro ponto uma feirinha de artesanato e doces típicos, mais para lá antiguidades e coleções.
Cultura e tradições. A memória viva de um povo centenário ali, na sua frente.
Concordo quando você diz que Peruíbe precisa criar identidade. Resgatar sua memória. Valorizar as poucas tradições. Não pode ser um mero ajuntamento de pessoas de diversas origens que passam por aqui, que vem e que logo se vão, sem nenhum laço, nada que as una com a cidade. Chegamos ao ponto de inventar um prato típico, de dar uma festa alemã, de esconder a festa caiçara, de fazer festa do morango enquanto produzimos bananas, de dar festa das flores e ignorar nossa festa do peixe."
Esse é um comentário do Marcelo, no tópico em que eu falei da primeira feira de artesanato de Peruíbe, que será realizada nos dias 18 e 19 de março. De fato a estratégia turistica aqui vai contra a cultura local, o que demonstra ser um baita equívoco. Vejamos os fatos:
FESTA ALEMÃ em uma cidade em que até a população de origem japonesa supera a germânica?
FESTA DO MORANGO em um município onde eles não costumam ser cultivados, ao contrário da banana?
FESTA DAS FLORES, deixando em segundo plano a festa do peixe?
FESTIVAL CAIÇARA tratado como algo menor para a cidade, apesar da sua importância cultural e até pelo seu sucesso de público, que só não foi maior devido a falta de divulgação?
PRATO TÍPICO apenas para turista comer, mas não para os "nativos"?
E o lance da lama negra? Em que base é explorada e comercializada?
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