sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PERUÍBE CONTINUA A SER UMA DAS CARROÇAS DA ECONOMIA NACIONAL


Essa é a típica imagem de Peruíbe durante a MAIOR PARTE DO ANO. Uma paisagem deserta, sem gente e dinamismo. É isso aí que a propaganda coloca com paraíso, algo que só tem alguma importância nacional por causa da Juréia, e vá lá.

Pior taxa de mortalidade infantil de SP; violência crescente devido à degeneração urbana provocada pelo tráfico e consumo de drogas (não faltam consumidores por aqui, o que infelizmente inclui muitos veranistas safados); quinze mil desempregados, ou seja, cerca de 1/4 da população do município....caramba, belo município este o nosso, eita maravilha !!!

Esta cidade é apenas uma das muitas carroças da economia nacional, a qual conta com pelo menos três meses do ano para compensar a ociosidade de NOVE MESES, período em que as nossas praias ficam tão desertas quanto a foto da postagem.

O surgimento de uma classe política disposta de fato a promover mudanças, sem querer mascarar seu desinteresse com esforços frágeis (vi muito disso em diversas adiministrações, e não está sendo diferente agora), me parece uma utopia. E sempre será, se tantos eleitores não deixarem de vender seus votos em troca de vantagens pessoais, comportamento peruibense muito arraigado.


Em outras palavras, enquanto predominar esse comportamento, realmente ficará difícil melhorar este município insignificante para o país, município que não aproveita o seu potencial, terra sem dinamismo e fora de rumo. Fulano vota em beltrano que lhe promete emprego para o seu filho lá na prefeitura, ou em cicrano que usa carro oficial para levar doente para hospital em Santos ou São Paulo. É desse jeito que eleitor peruibense vota: em gente que pratica um PSEUDO-ASSISTENCIALISMO SOCIAL !!!


Aproveito para afirmar que A MAIOR PARTE DA CLASSE POLÍTICA DE PERUÍBE não está disposta, de fato, a mudar o modelo socioeconômico que está aí. Não lhe interessa qualquer mudança, pois o que existe atualmente é vantajoso para essa turma. Ter tanto desempregado nesta terra facilita a vida de uma minoria, por motivos muito simples.

Empregada doméstica sem carteira assinada, daquela que trabalha para a mesma família DURANTE ANOS; pedreiro - muitas vezes esposo de uma empregada doméstica - sempre fazendo algum bico, por ganhos menores do que faria em uma cidade com menos trabalhadores disponíveis, comerciários que irão se trabalhar de forma desumana na próxima temporada, são apenas alguns exemplos de uma realidade que a turma que manda por aqui não deseja mudar de verdade.

Basta repetir o que eu disse tanto aqui, sobre a vida dos comissionados no serviço público municipal. Claro que, com tantos do lado de fora de um certo edifício, ociosos ou vivendo na informalidade, cobiçando os postos de trabalho da casta comissionada, esse grupo tem de se sujeitar aos diversos caprichos de que quem lhes paga. O "exército de reserva" fica batendo nas portas da prefeitura, pedindo por migalhas. Para os donos do poder, para que mudar isso? No ano da próxima eleição municipal vai ser aquela maravilha, todo aquele povo de azul e branco, militantes doutrinados pela idéia de que só a prefeitura pode lhes proporcionar empregos, e portanto eles tem de apoiar o poder. Para quem manda, está bom como está.

Quanto mais desempregados MELHOR PARA ELES. Violência urbana alimentada pela miséria? Para isso basta uma boa firma de segurança !!! Elas estão em alta em Peruíbe, um mercado crescente para esse tipo de negócio. Quem pode pagar se dá bem, quem não pode que se lasque, pois este "paraíso" é cada vez mais para a classe média.

E nacionalmente PERUÍBE CONTINUA A SER UM NADA !!!

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