segunda-feira, 27 de setembro de 2010

OS CATADORES DE MATERIAL RECICLÁVEL EM PERUÍBE SÃO EMPREENDEDORES QUE PRECISAM DE APOIO





O trabalho dos catadores de papel - e de outros tipos de material reciclável - em Peruíbe já existe a muito tempo, mas nunca teve a importância atual. Os que atuam nessa área não estão nela por opção de vida ou interesse ambiental, mas apenas por falta de opção e por simples questão de sobrevivência.

Nunca vi tantos deles no passado quanto agora. Bem atuantes durante o veraneio - lata de alumínio caída no chão não demora para ser recolhida - os catadores se tornaram numerosos fora desse período. Em qualquer dia da semana, e mesmo em horários noturnos, é possível ver alguns deles nas ruas, se dedicando a coleta do "lixo que não é lixo". Essa turma forma um serviço não-oficial de limpeza pública, que sem dúvida se tornou indispensável.

Tem quem se incomode com os catadores, os quais demonstram o fato de que esta não é uma cidade-modelo, já que se pudessem, eles buscariam outras formas para se sustentarem.

Em uma cidade que já possui milhares de desempregados, o difícil seria propor a "inclusão social" dessas pessoas. A solução para eles consiste em apoiá-los nessa atividade, de forma que possam até aumentar os seus rendimentos. Já que a prefeitura fala tanto em "empreendedorismo", os catadores merecem ser classificados - e tratados - como o que são, ou seja, como empreendedores.

O que eu proponho aqui é diferente do projeto de reciclagem do departamento de Meio Ambiente, que está coletando material para reciclagem. A melhor forma de se gerar benefícios para o meio ambiente e até para o desenvolvimento desta Cidade, é contando com o trabalho de uma parte da nossa população que já se dedica a isso, por vontade própria.

Vejo os catadores peruibenses usando carrinhos velhos e decrépitos. Esses legítimos empreendedores merecem um pouco de atenção. Na foto, existe um modelo de carrinho que seria bem útil a eles. Mas isso depende de um interesse do Paço Municipal, ou mesmo de alguma ONG que não considera esse grupo como invisível, mas merecedor de apoio para melhorar socialmente.


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