terça-feira, 7 de setembro de 2010

COPA DE 2014 DEIXARÁ O BRASILEIRO MAIS POBRE. UMA GRANDE OBRA DO PRESIDENTE LULA !!!




QUANDO UM PAÍS RECEBE O MUNDIAL, OS GANHOS NÃO COBREM OS GASTOS COM ESTÁDIOS. MAS O GRAU DE "FELICIDADE" DA POPULAÇÃO AUMENTA.

por Simon Kuper


No dia em que a África do Sul ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo, em 2004, o bairro negro do Soweto, em Johanesburgo, gritou: “A grana está vindo!” Eles estavam expressando algo que os brasileiros devem ter ouvido: que sediar uma copa traz dinheiro. Em qualquer lugar que se candidate a uma Copa do Mundo, políticos tecem loas à “bonança econômica”. Falam das hordas de turistas prontos para gastar os tubos, da propaganda gratuita para as cidades-sede, dos benefícios de longo prazo que as estradas e os estádios a ser construídos vão trazer. Não surpreende que o Brasil tenha querido tanto a copa.



Mas esse argumento econômico é uma enganação. Os brasileiros vão descobrir logo. E os sul-africanos já o fizeram: a conta pela construção de estádios, em US$ 1,7 bilhão, já é 6 vezes maior que as estimativas iniciais; a quantidade de turistas esperados é bem menor que a prometida e a Fifa não vai deixar os sul-africanos pobres vender suas salsichas do lado de fora dos estádios. Que fique claro: uma copa não deixa o país mais rico.


Tipicamente, um país prestes a receber um mundial paga para que economistas-fantoches publiquem estudos dizendo que a copa vai impulsionar a economia. Já a maioria dos economistas de verdade – pagos por universidades para escrever sobre o que realmente acreditam – pensa o inverso. E faz as perguntas que os promotores de novos estádios não gostam: de onde veem os trabalhadores temporários que vão participar dessas construções? Eles não tinham emprego antes? Isso não vai deixar outras áreas com menos trabalhadores experientes? E tem mais.


Gastar com uma copa significa menos hospitais e escolas. Pior: estádios novos quase nunca produzem os benefícios prometidos. A maior parte acaba usada poucas vezes por ano. É preciso que fique claro o que significam os gastos públicos com a construção e a reforma de estádios. Trata-se de uma transferência. Benefícios que iriam para o contribuinte vão para os clubes (que ganham arenas e reformas de graça) e os torcedores (que aproveitam as casas novas ou renovadas de seus times). Depois que o contribuinte pagou por estádios melhores, provavelmente mais pessoas vão querer ver jogos neles. O Brasil pós-2014 deve testemunhar o mesmo que aconteceu na Inglaterra após a melhoria dos estádios no começo dos anos 90: a chegada de mais torcedores de classe média, de mulheres, e públicos maiores nos jogos. É verdade que a Inglaterra é mais rica que o Brasil e pôde bancar isso. Mas o Brasil hoje é mais rico que os estádios dilapidados que tem.



O preço da "felicidade"


Se o público do futebol crescer após 2014, porém, isso não vai significar um impulso na economia. Só uma transferência da riqueza brasileira como um todo para o futebol brasileiro. Mas o país ganha um belo extra: felicidade. O economista britânico Stefan Szymanski e seu colega Georgios Kavetsos pesquisaram dados de felicidade da população na Europa Ocidental entre 1974 e 2004, com questionários que buscam tabular isso em números, e descobriram que, depois que um país recebe um torneio como o mundial ou a Eurocopa, seus habitantes se declaram mais felizes.


O salto de felicidade é grande. O europeu médio reporta um grau de felicidade duas vezes maior por seu país ter sediado uma grande competição do que por ter feito curso superior. Para ter o mesmo impulso no grau de felicidade, só se a pessoa recebesse um grande aumento de salário. E esse ganho persiste: 4 anos depois de uma copa, cada grupo de indivíduos pesquisados estava mais feliz do que antes do torneio.


A razão disso, ao que parece, é que sediar um mundial faz com que os habitantes sintam-se mais conectados uns aos outros. Uma copa faz isso mais do que qualquer outro projeto que possa existir nas sociedades modernas. Além disso, a nação anfitriã provavelmente ganha em autoestima pelo fato de ter organizado o torneio.


Dá para argumentar que o Brasil tem coisas mais urgentes. Da mesma forma que os sul-africanos, os brasileiros podem perguntar quantas casas e saneamento básico ganhariam com o dinheiro público que irá para a construção de estádios. E serão R$ 5 bilhões, quase 3 vezes mais do que o previsto em 2007, quando o Brasil ganhou a disputa para virar sede.



O mais importante, porém, é entender qual é o propósito de uma copa. Se é para a felicidade geral da nação, faz sentido, sim, organizar a maior festa do mundo (e ninguém é melhor nesse quesito do que vocês, brasileiros). Só não esperem ganhar dinheiro com essa festa.

 
Fonte: Blog Internacional Press
 
Comentário: o autor desse texto se chama Simon Kuper e é colunista do jornal Financial Times. Trata-se de um comentarista isento do que eu chamo de DITADURA FUTEBOLÍSTICA. Ele não foi obrigado a dizer o que a mídia ligada ao futebol diz, de que a Copa do mundo SERÁ MARAVILHOSA PARA ESTE PAÍS. E não é algo que a nossa imprensa divulga, comprometida com o futebol e com o governo Lula.
 
Ele até que foi moderado, com esse papo de "felicidade"...então tá, muito custosa é essa "felicidade". Pura política de pão e circo, isso sim. Uma maravilhosa contribuição do nosso presidente Lula. Soube que o clube dele, vulgo CORINTIANS, vai ganhar um estádio lá no bairro paulistano de Itaquera. Acho que eu nem preciso dizer quem é que vai pagar a conta, que está sendo calculada agora (depois isso aumenta) em uns 350.000.000 de reais !!!
 
E tem gente que acha que um governo Dilma vai ser uma maravilha. Estou vendo mesmo. Em 1986, na abertura da Copa do Mundo do México, o então presidente daquele país, Miguel de La Madrid, sofreu uma vaia histórica do povo mexicano. Aquelas pessoas, as quais eram muitas, não estavam nem um pouco felizes. A Copa não tornou a vida melhor para eles, e duvido que aqui será diferente.
 
Creio que se for mesmo eleita, Dilma sofrerá TAMANHA VAIA na abertura da Copa de 2014 que irá superar a do Lula no PANAMERICANO e do Miguel na Copa mexicana de 1986. Toda uma montanha de dinheiro será gasta nessa bobagem, e isso terá um custo imenso para este país, o que afetará as condições de vida do nosso povo. As contas do governo federal já estão no limite.
 
Vai sobrar até para o Lula. Ele que não apareça no estádio, pois será uma humilhação, tanto para esse senhor como para o POSTE que o substituiu.





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