quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CHARLIE FROST NO BLOG PNT



Aqui vos fala Charlie Frost, transmitindo da litorânea Peruba City, falsa cidade próspera, mistura de MANARI com GUARUJÁ.

Cidade cuja administração municipal se vangloria, com uma forte ajuda da imprensa escrita, da realização de shows na praia (como se fossem contribuir para o progresso municipal); do plantio coletivo de árvores, que resultou em um RECORD MUITO IMPORTANTE; e que promete industrialização, velho sonho Peruibense....um sonho, bom para demagogia, para ganhar o eleitorado.

Mas chega dessas velharias....melhor falar de uma das nossas tragédias locais: ENCHENTE.
É como terremoto na Califórnia: sempre ocorre outro.

Claro, não temos controle sobre as forças da natureza, as quais costumam contrariar os nossos interesses coletivos e individuais. Mas na Califórnia, os governantes, prevendo futuros sismos, investem para diminuir os danos que serão causados por tais eventos... que AINDA NÃO OCORRERAM.

Eles se previnem, através de esforços que envolvem desde a construção de edifícios resistentes aos terremotos até orientação da população, quanto ao que devem fazer, em prol da própria segurança.
Por aqui, o negócio é remediar, ou dizer que se remedia, já que os prejuízos sofridos pelos moradores ficam apenas para eles mesmos sanarem, ou tentarem sanar.

Tem cabimento um lugar como o JARDIM DAS FLORES? Financiadas pela caixa econômica federal, as casas que formam esse bairro foram construídas em uma área de risco, um problema para os que adquiriram imóveis lá. Na última enchente, as águas subiram dois metros. Temo pelo pior.

Falo da célebre ENCHENTE DE 1979.

O bairro Veneza SUMIU. Áreas enormes da cidade ficaram submersas, sem qualquer exagero. O canal que atualmente margeia a AV dos expedicionários e a Ubatuba, naquela época parecia O RIO AMAZONAS.

O que diminuiu o drama foi que, Peruíbe tinha uma população bem menor do que a atual. Imaginem algo assim hoje. Seria uma tragédia, o nosso apocalipse.
Inevitavelmente, moradores morreriam afogados, e teríamos epidemias; nossa economia seria destruída, consequencia da quebra do mercado imobiliário, movimento turístico ZERO e enormes perdas materiais; a arrecadação municipal DESPENCARIA, e a prefeitura ficaria quase falida.

Veríamos migração sem paralelo de peruibenses para bem longe daqui, filas para cestas básicas, multidões buscando vagas em míseras frentes de trabalho e inscrições massivas no bolsa família.
Peruíbe regrediria ao ruralismo de subsistência e a pesca como as principais atividades econômicas e a administração municipal sobreviveria com verbas estaduais e federais.

Mas dá para impedir esse futuro trágico, com obras contra enchentes, como uma necessária DRAGAGEM DO RIO PRETO, MAIOR DO QUE AS ANTERIORES, só feitas depois de enchentes; DESENTUPIMENTO DE BUEIROS e o que mais for necessário para prevenir o pior.

É uma questão de se gastar o dinheiro do contribuinte DIREITO, no que é necessário e urgente.

Me chamem de catástrofista, mas estou sendo realista.

Até mais, caros peruibenses.

Charlie Frost de PERUBA CITY

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