quinta-feira, 5 de outubro de 2017

VINICIUS TORRES FREIRE / A ENORME DÍVIDA PÚBLICA VAI AUMENTAR - OUTUBRO DE 2017




O que o Congresso tem feito por estes dias, além da lambança crônica? Tem gastado dinheiro público que não existe, com gente que não precisa. É verdade também que os parlamentares se dedicam a negociar a permanência de Michel Temer no governo, cobrando favores diversos em troca de rejeitar a abertura de um processo contra o presidente.

E quanto ao dinheiro?

Ontem e hoje, Câmara e Senado aprovaram a lambança do Refis. O que é isso? É um perdão e um refinanciamento da dívida de empresas com o governo. Quem tem dívida de impostos, entre outras, ganha um descontão nos juros e nas multas. Desde o ano 2000, já houve uns 30 programas de perdão desse tipo.

O governo já tinha sido generoso com os devedores. O que o Congresso fez? Deu um perdão de mais uns R$ 9 bilhões para empresas, algumas dos próprios deputados e senadores, além de seus amigos e parentes.

O que são R$ 9 bilhões? É quase um terço do que o governo gasto por ano com o Bolsa Família, por exemplo.

Quer dizer, se fosse possível pegar esses R$ 9 bilhões e simplesmente dar para 13 milhões de famílias que recebem o Bolsa, elas teriam um aumento de mais de 30% no dinheirinho delas.

Mas nem é possível. Esse dinheiro nem existe. O governo não tem dinheiro para nada, já gasta mais do que arrecada, faz dívida até para manter a administração funcionando no mínimo.

O que vai acontecer é que a dívida do governo federal, que já é enorme e carésima, vai aumentar.

Ainda pior, os deputados queriam dar ainda mais dinheiro, Queria perdoar as dívidas de todas as igrejas, queriam dar um dinheirão para faculdades privadas. Mas esse esmolão com o dinheiro alheio caiu, não passou no Senado.

Parou por aí? Não. O Congresso aprovou também o fundão para financiar as campanhas eleitorais, de pelo menos 1 bilhão e 700 milhões de reais. Não inventaram um meio mais decente de financiar as campanhas, levam dinheiro público. Afinal, muitos estão ainda mais desesperados para se reeleger.

Se perderem a eleição, correm mais risco de ir para a cadeia.



COMENTÁRIO: quem defende financiamento público de campanha, é ingênuo ou tem péssima intenção. Basta dizer que os grandes partidos são os grandes beneficiados por isso.


MARCADORES: BRASIL, CONTRIBUINTES BRASILEIROS, GOVERNO FEDERAL, DÍVIDA PÚBLICA, CONGRESSO NACIONAL, CONGRESSISTAS, DEPUTADOS, SENADORES, ELEIÇÕES EM 2018, OUTUBRO DE 2017

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