domingo, 20 de março de 2016

VINICIUS TORRES FREIRE / ARRECADAÇÃO DO GOVERNO CAI DE MODO DRAMÁTICO - MARÇO DE 2016



Nesse clima de convulsão do país, parece quase coisa de maluco desavisado comentar o que aconteceu com a arrecadação de impostos do país em fevereiro.

Mas seria bom prestar atenção. Aliás, seja qual for o governo daqui a algumas semanas, é bom que eles estejam pensando seriamente no assunto. A arrecadação do governo está caindo de modo ainda mais rápido e dramático. Em termos anuais, está caindo quase três vezes mais rápido que no início de 2015. Lembram, começo de 2015, começo do governo Dilma 2, quando a presidente contou que o que dissera na campanha eleitoral não valia nada e que era preciso apertar os cintos.

Se era preciso apertar os cintos no início do ano passado, pior ainda neste ano. Nos últimos doze meses, a receita de impostos caiu 6,6%, em termos reais, já descontada a inflação. Isso representa 90 bilhões de reais.

O que são 90 bilhões de reais? Equivale a quase duas vezes de tudo o que o governo gastou em investimentos, em obras, no último ano. Equivale a três anos de programa Bolsa Família.

Em suma, a pindaíba é do tamanho de um desastre.

O que pode ser feito? O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje em São Paulo que ainda conta com a CPMF. E que vai dar um jeito de aumentar o crédito na economia, para evitar uma recessão maior.

Mas ninguém presta atenção à política econômica de Dilma Rousseff. Por enquanto, ninguém acredita que o governo tenha competência ou capacidade política de administrar as mudanças necessárias, menos ainda de aprovar qualquer coisa no Congresso.

Assim, ou o governo não vai ter dinheiro para mais nada ou o déficit vai aumentar, o que piora a crise econômica. Trata-se do mesmo problema do ano passado, mas em ritmo mais acelerado.

Por ora, o barco está à deriva no meio da tempestade. Seja lá quem foi o governo, em algumas semanas, precisa de um plano de emergência, de urgência extrema urgentíssima. Boa noite.



MARCADORES: GOVERNO DILMA / PT, IMPEACHMENT DA DILMA, RECESSÃO, DEPRESSÃO ECONÔMICA, ECONOMIA, CRISE POLÍTICA

Nenhum comentário: